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O cordeirinho e o peixinho
Grimm Märchen

O cordeirinho e o peixinho - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 6 min

Era uma vez um irmãozinho e uma irmãzinha que muito se amavam. Como lhes falecera a mãe, tinham eles uma madrasta que os detestava e que, às ocultas, lhes fazia todo o mal possível. Um dia, os dois irmãozinhos estavam brincando com outras crianças num campo em frente da casa; ao lado desse campo, havia uma lagoa que chegava até ao pé da casa. As crianças brincavam aí de pegador, cantando de vez em quando:

Um. dois. deixa-me correr;
eu te darei ao meu passarinho. Meu passarinho cortará o capinzinho. Darei o capinzinho à cabrinha,
A cabrinha dará leitinho. Darei o leitinho ao padeiro,
O padeiro dará pãozinho. Darei o pãozinho ao gatinho,
O gatinho pegará o ratinho. O ratinho pendurarei no fumeiro;
e eu vou segurar.

E, assim cantando, formavam uma roda e aquele em quem caía a palavra „segurar,“ tinha de sair correndo e os outros o perseguiam e o seguravam. Brincavam todos alegres e despreocupados, correndo atrás um dos outros; a madrasta, que estava à janela, observava-os e seu coração tremia de raiva contra os irmãozinhos. E, como era versada em feitiçarias, lançou um feitiço contra eles, transformando o irmãozinho num peixe e a irmãzinha num cordeirinho. O peixinho nadava de cá para lá dentro da lagoa, mas estava muito triste. O cordeirinho andava de cá para lá no campo e, também, estava muito triste; não comia nada, nem sequer tocava nos tenros fios de erva. Assim se passou algum tempo. Certo dia, chegaram ao castelo algumas pessoas vindas de fora. A perversa madrasta pensou de si para si: „Eis uma ótima ocasião para livrar-me deles.“ Então chamou o cozinheiro e disse-lhe:

– Vai ao campo, pega o cordeirinho o mata-o, depois prepara-o para a ceia, pois não temos outra coisa a oferecer aos hóspedes. O cozinheiro foi buscar o cordeirinho, levou-o para a cozinha e amarrou-lhe as perninhas; o pobre bichinho suportou tudo isso com a maior paciência. No momento, porém, em que o cozinheiro pegou no facão e se pôs a afiá-lo no cimento da soleira da porta, para cravar-lho no coração, o cordeirinho viu um peixinho nadando de cá para lá, bem em frente ao escoadouro da água, e olhar para ele intensamente. Era o irmãozinho que, tendo visto o cozinheiro agarrar o cordeirinho e levá-lo para a cozinha, seguiu-o dentro da lagoa, nadando até junto da casa. O cordeirinho então gritou-lhe:

– Ai, querido irmãozinho! como me dói o coraçãozinho. O cozinheiro está afiando o facão,
para me transpassar o coração.

O peixinho respondeu-lhe:

– Ó irmãzinha querida,
que aí no alto estás;
quão grande é a minha dor, não sabes,
como ninguém dentro do lago o sabe.

O cozinheiro, ouvindo o cordeirinho falar e dizer ao peixinho palavras tão tristes, espantou-se e logo desconfiou que não se tratava de um verdadeiro cordeirinho e sim de alguém encantado por obra da cruel madrasta. Então disse:

– Tranquiliza-te, meu pobre bichinho, eu não te matarei. Foi buscar um outro animal qualquer no campo e cozinhou-o para os hóspedes. Em seguida levou o cordeirinho para a casa de uma bondosa camponesa, contando- lhe tudo o que vira e ouvira. Deu-se o caso que essa camponesa era, justamente, a que fora ama de leite da irmãzinha, e não teve dificuldades em adivinhar quem era o pobre bichinho. Pegou nele, carinhosamente, e levou-o à casa de uma bruxa que morava por perto. A bruxa fez uma benze- dura sobre o cordeirinho e depois sobre o peixinho e ambos readquiriram a forma humana. Depois conduziu-os ao meio da floresta, onde havia uma linda casinha, e os dois irmãozinhos passaram a viver lá, sozinhos, mas tranquilos e felizes.

Leia outro conto de fadas curto (5 min)

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Antecedentes

Interpretações

Língua

O conto „O cordeirinho e o peixinho“ dos Irmãos Grimm apresenta elementos clássicos das histórias de fadas, como a presença de uma madrasta má, feitiçaria, e a transformação de seres humanos em animais. Nesta história, um irmão e uma irmã são transformados em um peixe e um cordeiro, respectivamente, devido à inveja e má vontade da madrasta.

As crianças, apesar de suas transformações, mantêm seu vínculo afetivo e encontram uma maneira de se comunicar em meio às dificuldades. A bondade do cozinheiro, que decide não sacrificar o cordeirinho, e a ajuda de uma camponesa e de uma bruxa benevolente, reintroduzem a ideia de que o bem e a solidariedade podem eventualmente superar o mal.

O final feliz, com os irmãos retomando sua forma humana e vivendo juntos em paz, reflete a estrutura tradicional do gênero, mostrando que, apesar dos desafios, a justiça prevalece. Esta história carrega uma mensagem de esperança e resiliência, enfatizando que, mesmo diante de adversidades causadas por forças malévolas, a bondade pode encontrar uma forma de triunfar.

O conto de fadas „O cordeirinho e o peixinho“, dos Irmãos Grimm, segue a tradição dos contos que lidam com temas de transformação, transgressão e redenção. A história explora a relação afetuosa entre dois irmãos que são submetidos à crueldade de uma madrasta má. No entanto, ao contrário de muitos contos de fadas onde os protagonistas são resgatados por terceiros, aqui eles encontram ajuda por meio das circunstâncias e da bondade de estranhos.

A Força do Amor Fraternal: O vínculo entre o irmão e a irmã é central no conto. Mesmo transformados em animais, mantêm sua conexão emocional. O sofrimento de um é sentido pelo outro, simbolizando como os laços de amor verdadeiro podem transcender todas as dificuldades e até mesmo maldições.

O Papel da Madrasta e a Violência Familiar: A madrasta é um arquétipo comum em contos de fadas, muitas vezes simbolizando a ruptura da harmonia familiar e a chegada de conflitos. Neste conto, sua capacidade de lançar encantos e transformar as crianças em animais pode ser vista como uma metáfora para os efeitos da violência emocional e física dentro de casa.

Elementos de Justiça e Recompensa: A história enfatiza a ideia de que a bondade e a justiça prevalecerão. O cozinheiro e a camponesa desempenham papéis críticos ao proteger e eventualmente salvar as crianças, reforçando a mensagem de que a bondade e o cuidado podem atuar como catalisadores para a restauração da ordem e da felicidade.

Transformação e Redenção: A transformação dos irmãos e sua eventual redenção podem ser vistas como uma jornada de crescimento e autodescoberta. Passar por dificuldades e superar encantos pode simbolizar a purificação e o fortalecimento do espírito.

O Poder Curativo da Natureza e da Magia Positiva: O final do conto sugere que a magia, assim como pode ser usada para o mal, também contém o poder de curar e restaurar. A bruxa que desfaz o encanto ilustra que nem toda magia é maléfica – ela pode ser um instrumento de amor e restauração.

Moralidade das Ações Diárias: O conto pode servir como um alerta sobre a moralidade cotidiana – as ações malévolas da madrasta são contrastadas com as ações benéficas do cozinheiro e da camponesa, sugerindo que atitudes bondosas no dia a dia podem fazer uma diferença significativa na vida dos outros.

Esse conto, como muitos dos Irmãos Grimm, está recheado de simbolismo e oferece uma paleta rica para a interpretação, tocando em temas profundos que ressoam além da simples narrativa infantil.

O conto „O Cordeirinho e o Peixinho,“ atribuído aos Irmãos Grimm, é um exemplo clássico de narrativa de conto de fadas que contém vários elementos típicos do gênero, como a presença de madrastas malvadas, feitiços, transformações mágicas e um final feliz. Estrutura e Linguagem Simples: O texto apresenta uma estrutura narrativa direta e uma linguagem simples, comum nos contos de fadas, que facilita a compreensão por parte de leitores de todas as idades, principalmente crianças. A simplicidade ajuda a enfatizar a moral da história e a universalidade dos temas envolvidos.

Repetição e Ritmo: As canções e versos cantados pelas crianças („Um, dois, deixa-me correr; eu te darei ao meu passarinho. . . „) introduzem um elemento de repetição rítmica que é uma característica comum em contos de fadas e histórias orais, criando memorização e identificação.

Diálogo e Personificação: A comunicação entre o cordeirinho e o peixinho, apesar de serem animais, traz uma antropomorfização, permitindo que a emoção e o sofrimento dos personagens sejam transmitidos de maneira clara ao leitor. Frases como „Ai, querido irmãozinho! como me dói o coraçãozinho“ humanizam os personagens.

Uso de Feitiçaria: O elemento da feitiçaria é crucial, pois serve como uma ferramenta narrativa para causar o conflito principal da história – a transformação dos irmãos – e também como parte da resolução, quando a bruxa benze os irmãos.

Malefício e Feitiçaria: A presença de uma madrasta má que utiliza a feitiçaria para prejudicar os protagonistas é uma característica comum em muitos contos de fadas. Isso reflete a luta entre o bem e o mal, um tema central no gênero.

Punição e Redenção: A redenção ocorre através da intercessão de personagens benevolentes, como o cozinheiro compassivo e a bondosa camponesa, assim como a bruxa positiva que reverte o feitiço.

Família e Afeto: O vínculo entre o irmãozinho e a irmãzinha é forte e resiliente, resistindo às transformações e desafios. Esse amor entre irmãos é um tema enfatizado que oferece esperança e eventual salvação.

Metamorfose: A transformação física dos personagens principais em animais e seu retorno à forma humana é um motivo recorrente em contos de fadas, simbolizando a capacidade de mudança e superação de adversidades.

Final Feliz: Como muitos contos de fadas, „O Cordeirinho e o Peixinho“ termina em um tom positivo, com os irmãos vivendo felizes e livres das garras da madrasta, sugerindo que o bem triunfa sobre o mal.

„O Cordeirinho e o Peixinho“ exemplifica o poder do amor fraternal e a força da bondade mesmo em face do mal e das dificuldades. A estrutura simples e os temas universais contribuem para sua função de ensinar lições morais e de vida, um objetivo central dentro do gênero dos contos de fadas.


Informação para análise científica

Indicador
Valor
NúmeroKHM 141
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 450
TraduçõesDE, EN, DA, ES, PT, JA, NL, PL, RU, TR, VI, ZH
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson41.1
Flesch-Reading-Ease Índice25.9
Flesch–Kincaid Grade-Level12
Gunning Fog Índice18
Coleman–Liau Índice10.5
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado8.1
Número de Caracteres3.543
Número de Letras2.796
Número de Sentenças37
Número de Palavras625
Média de Palavras por frase16,89
Palavras com mais de 6 letras151
percentagem de palavras longas24.2%
Número de Sílabas1.210
Média de Sílabas por palavra1,94
Palavras com três sílabas176
Percentagem de palavras com três sílabas28.2%
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