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O esquife de vidro
Grimm Märchen

O esquife de vidro - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 17 min

Nunca se diga que um pobre alfaiate não pode ter sucesso na vida e, até mesmo, alcançar honrarias muito elevadas; basta que ele tope com o caminho certo e, sobretudo, que tenha sorte para vencer como os outros. Um certo alfaiatinho, esperto, maneiroso, gentil, resolveu um dia correr mundo. Depois de muito andar, chegou a uma grande floresta e, não conhecendo o caminho, perdeu-se lá dentro.

O esquife de vidro Contos de fadas

Chegou a noite e ele não teve outro remédio senão procurar abrigo naquela horrível solidão. Teria, certamente, boa cama no musgo fofo, mas o terrível medo das feras não o deixava sossegado, e acabou por decidir-se a passar a noite em cima de uma árvore. Escolheu um carvalho bem alto, trepou até à ponta do galho e agradeceu a Deus por ter trazido consigo o seu ferro de engomar; do contrário, o vento que soprava entre as copas das árvores, o teria carregado para longe. Depois de passar algumas horas na escuridão, batendo os dentes de medo, avistou não muito longe dali uma luzinha a brilhar; calculou que se tratava de uma luz provinda da habitação de um ser humano, onde certamente estaria bem melhor do que encarapitado no galho de árvore; então desceu, cautelosamente, e dirigiu os passos na direção da luz. Tendo andado um pouco, chegou diante de uma casinha feita de juncos e caniços entrelaçados. Bateu corajosamente à porta, que logo se abriu, e, à claridade da luz que se projetava para fora, viu um anão bem velhinho, vestido com uma roupa de várias cores. – Quem sois e o que desejais? – perguntou o velhinho com voz estridente. – Sou um pobre alfaiate, – respondeu ele, – que foi surpreendido pela noite em plena floresta. Venho pedir-vos a caridade de um abrigo até amanhã cedo, na vossa choupana. – Segue o teu caminho, – respondeu grosseiramente o velho; – não quero amolações com vagabundos; vai procurar abrigo noutro lugar. Com isso fez menção de retirar-se e fechar a porta, mas o alfaiate segurou-o pela manga e tão calorosamente suplicou, que o velho, que no fundo não era tão mau como se mostrava, acabou por comover-se e o recebeu na choupana. Deu-lhe o que tinha para comer e, em seguida, indicou-lho num canto uma boa cama, a fim dique descansasse até ao dia seguinte. O alfaiatinho estava tão moído de cansaço que não teve necessidade de ser embalado; ferrou no sono e dormiu gastasamente até o dia claro, e não teria pensado em levantar-se se não fora um grande escarcéu que vinha de fora e que o assustou. Ouvia-se, através das paredes; finas da choupana, gritas, urros e um forte pateado. Movido por um impulso de coragem, o alfaiate pulou da cama, vestiu-se depressa e correu para fora. Em frente da choupana, deparou com estranho espetáculo: um grande touro, todo preto, lutando encarniçadamente com um belo veado. Investiam um contra o outro tão furiosamente que até estremecia a terra e os rugidos enchiam o espaço. O alfaiate quedou-se bom pedaço de tempo a olhar, sem poder imaginar qual dos dois sairia vitorioso: por fim, o veado enterrou os chifres no ventre do antagonista e o touro, soltando um espantoso mugido, estrebuchou e caiu estendido no chão. Com mais algumas valentes chifradas, o veado deu cabo dele. O alfaiate, paralisado de espanto, assistira à luta sem fazer um gesto e estava aí parado quando, com uma rapidez incrível, o veado correu para ele e, antes que tivesse tempo de fugir, sentiu-se preso entre as forquilhas do seus chifres. Passou-se bastante tempo antes que o alfaiate se refizesse do susto. O veado, entretanto, corria a toda velocidade através de valas e sebes, de montes e charnecas, de prados e bosques e o pobre alfaiate, meio morto de medo, segurava-se fortemente com as duas mãos nos chifres dele, completamente entregue ao seu destino. E a impressão que tinha era de estar voando. Até que, por fim, o veado se deteve diante da parede abrupta de uma rocha e o deixou cair suavemente ao chão. O alfaiate, mais morto que vivo, precisou de algum tempo para recuperar o uso da razão. Quando, por fim, voltou completamente a si, o veado, que ficara junto dele, deu violenta chifrada contra uma porta dissimulada na rocha, escancarando-a; e dessa abertura saíram línguas de fogo e densa fumaça, no meio da qual o veado desapareceu. O alfaiate ficou aí, sem saber o que fazer e nem para que lado dirigir os passos, pois queria sair daquele ermo e voltar novamente para o meio dos homens. Estava ele assim, indeciso, sem saber que resolução tomar, quando de dentro da rocha ressoou uma voz, dizendo-lhe:

– Entra, não tenhas medo, não te acontecerá mal nenhum. Para dizer a verdade, ele hesitava em atender ao convite mas, de repente, como que impelido por força misteriosa, ele obedeceu à voz e, entrando por uma porta de ferro, foi dar a uma enorme sala, onde teto, paredes e pavimentos eram todos feitos de luzidas pedras quadradas; em cada uma dessas pedras havia gravados sinais para ele desconhecidos. O alfaiate observou tudo muito admirado e já se dispunha a sair quando ouviu, novamente, a mesma voz dizer:

– Coloca-te bem em cima da pedra que está no centro da sala; grande felicidade te está reservada. A coragem do alfaiate tinha atingido tão elevado grau que ele obedeceu sem pestanejar. Sob os pés sentiu a pedra mover-se e afundar lentamente. E, quando ela se deteve, o alfaiate olhou em volta e viu-se numa sala tão ampla quanto a anterior. Nesta sala, porém, havia muito mais o que observar e admirar. Nas paredes havia uma porção de nichos, nos quais estavam arrumados vasos de vidro transparente, cheios de um líquido colorido e de fumaça azulada. No pavimento, um colocado diante do outro, estavam dois esquifes de vidro, que logo lhe despertaram a atenção. Aproximou-se de um deles e viu que encerrava um esplêndido edifício parecido com um castelo, tendo em volta diversas construções, cavalariças, celeiros e tudo o que faz parte de um rico castelo. Essas coisas todas eram muito minúsculas, mas trabalhadas com infinito primor e graça; tudo parecia ter sido cinzelado por mão de mestre, com a máxima perfeição. Empolgado por aquelas raridades, ele não teria despregado o olhar delas se a voz não tomasse a ressoar, convidando-o, desta vez, a virar-se e contemplar, também, o outro esquife de vidro. Impossível dizer até que ponto aumentou a sua admiração, quando viu dentro dele uma jovem surpreendentemente bela! Dir-se-ia que ela estava adormecida, envolta em maravilhosos e longos cabelos dourados, como que num manto precioso! Tinha os olhos fechados, mas o colorido fresco do rosto e uma fita, que se movia com a respiração, indicavam que ela estava viva. Com o coração a pulsar fortemente, o alfaiate quedava-se a contemplar embevecido a linda jovem quando, repentinamente, ela abriu os olhos. Ao vê-lo ai ao seu lado, ela estremeceu de doce enleio e exclamou:

– Justo céu! A minha libertação está chegando! Depressa, depressa; ajuda-me a sair desta prisão. Se conseguires puxar o ferrolho que fecha este esquife, logo cessará o encanto. Sem hesitar um minuto sequer, o alfaiate puxou o ferrolho; a moça levantou depressa a tampa de vidro e saiu do esquife, correndo para um canto da sala. Então, envolveu-se num rico manto e sentou-se numa pedra. Estendeu a mão ao rapaz, que logo se aproximou e, depois de beijá-lo nos lábios, disse-lhe:

– Meu libertador, tão longamente esperado! O céu misericordioso enviou-te para que pusesses termo aos meus sofrimentos. No mesmo dia em que estes terminarem, começará a tua felicidade, pois tu és o noivo que me foi destinado pelo céu. Serás muito amado, possuirás todos os bens terrenos e tua vida decorrerá na mais suave felicidade. Agora senta-te aqui e ouve a minha história. „Eu sou filha de um opulento conde e imensamente rica. Meus pais faleceram, deixando-me na mais tenra idade; no seu testamento, recomendaram-me a meu irmão mais velho, em cuja casa fui criada. Nós dois nos amávamos com grande ternura e combinávamos tão bem quanto aos gostos e quanto à maneira de pensar, que decidimos ambos nunca nos casar e viver juntos até que a morte nos separasse. „Em nossa casa jamais faltava boa companhia: vizinhos e amigos vinham frequentemente visitar-nos, sendo todos recebidos com a maior cordialidade. Assim, pois, aconteceu que uma tarde chegou ao nosso castelo um cavaleiro desconhecido e, sob pretexto de que já não lhe era possível alcançar nesse dia a próxima aldeia, pediu que lhe déssemos pousada por uma noite. O pedido foi por nós atendido com solícita cortesia e, durante o jantar, ele nos entreteve muito agradavelmente com variada conversação e narrativas. Meu irmão ficou tão encantado que o convidou a permanecer alguns dias conosco; após breve hesitação ele anuiu. „Quando saímos da mesa já ia tarde a noite; foi indicado um bom quarto ao hóspede e eu, cansada como estava, apressei-me em estender os membros no meu fofo leito. Não tardei a adormecer, mas logo fui despertada por suavíssima música, cujo som eu não conseguia compreender de onde provinha; quis apelar para a minha camareira que dormia no quarto ao lado mas, com grande espanto, senti que força misteriosa me impedia de falar. Como se um peso me comprimisse o peito, sentia-me literalmente impossibilitada de emitir o mais leve som. „Nisto, à pequena claridade da lâmpada de cabeceira, vi o forasteiro introduzir-se no meu quarto, que estava bem fechado por duas portas. Ele aproximou-se de mim e disse que, graças às forças mágicas de que dispunha, fizera ressoar aquela música deliciosa com o fim de me despertar e agora vinha em pessoa, penetrando através das portas trancadas, com a intenção de oferecer- me o coração e obter a minha mão. Mas, tão grande era a minha aversão pelas suas artes mágicas, que não lhe dei a honra de uma resposta. Ele ficou algum tempo imóvel, aguardando, sem dúvida, resposta favorável; eu, porém, continuei calada. Então ele declarou muito irritado, que se vingaria e acharia o meio de punir cruelmente o meu orgulho. Tendo dito estas palavras, retirou-se do quarto por onde viera. „Inútil dizer que passei a noite em apreensão tremenda; só consegui cochilar um pouco aí pela madrugada. Quando despertei, corri depressa ao quarto de meu irmão para informá-lo do ocorrido, mas não o encontrei e o criado disse-me que saira para caçar logo ao raiar do dia, em companhia do forasteiro. „Assaltou-me, logo, um triste pressentimento. Vesti-me o mais depressa possível, mandei selar o cavalo e, acompanhada somente por um escudeiro, galopei velozmente para a floresta. O criado foi lançado fora da sela em consequência da queda do cavalo, que fraturou a perna, por isso não pôde mais me acompanhar. Então continuei galopando sem deter-me e, depois de alguns minutos, vi o forasteiro aproximando-se de mim e trazendo um belo veado preso ao laço. „Perguntei-lhe, imediatamente, onde havia deixado meu irmão e como havia apanhado aquele veado, de cujos olhos dolorosos escorriam lágrimas. Ao invés de responder, o homem soltou uma gargalhada. Furiosa com aquela atitude, saquei da pistola e descarreguei-a à queima-roupa naquele monstro; mas a bala ricocheteou batendo em seu peito e veio atingir em cheio a cabeça do cavalo. Fui lançada ao chão; nesse momento, o desconhecido murmurou algumas palavras e eu perdi completamente os sentidos. „Quando voltei a mim, encontrei-me dentro de um esquife de vidro, nesta caverna subterrânea. O necromante apareceu ainda uma vez, contou-me que havia transformado meu irmão naquele cervo que levava preso ao laço, que havia reduzido a proporções minúsculas o meu castelo com todos os seus pertences, encerrando-o noutro esquife de vidro; e que havia transformado os meus criados em fumaça e os havia aprisionado em vasos de vidro. Se eu me submetesse, docilmente, à sua vontade, faria facilmente voltar todas as coisas ao estado normal; só teria de destapar os vasos para que tudo retomasse o verdadeiro aspecto. Mantive-me calada, tal como fizera da primeira vez. Ele, então, desapareceu, abandonando-me nesta prisão, onde fui acometida por sono letárgico. „Entre as imagens que, em sonho, via perpassar pela mente, havia também a consoladora imagem de um jovem que viria, sem tardar, libertar-me. E eis que hoje, ao abrir os olhos, deparei contigo e logo compreendi que meu sonho se tornava realidade! Ajuda-me a realizar todas as outras coisas vislumbradas em sonho. Antes de mais nada, temos de colocar sobre aquela pedra larga o esquife de vidro que tem encerrado o meu castelo. Assim que a pedra recebeu o peso do esquife, ergueu- se com o rapaz e a jovem e, pela abertura do teto, chegou à sala superior, onde facilmente conseguiram sair para fora. Então a jovem levantou a tampa e foi maravilhoso ver como o castelo, as casas e demais construções iam aumentando e readquirindo o verdadeiro tamanho. Depois, os dois jovem voltaram ao interior da caverna e fizeram a pedra carregar para cima os vasos cheios de fumaça. Conforme eram destapados pela moça, a fumaça saía impetuosamente e se transformava em seres vivos, nos quais ela reencontrou todos os criados e sua gente. Mas a alegria atingiu o auge quando ela viu surgir o irmão que, tendo matado o necromante sob a forma de touro, recuperara o verdadeiro aspecto e agora vinha ao seu encontro. Cumprindo a promessa, ela, no mesmo dia, ao pé do altar, deu a mão ao alfaiate felizardo.

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Antecedentes

Interpretações

Língua

„O Esquife de Vidro“ é um conto dos Irmãos Grimm que narra a história de um modesto alfaiate cuja vida se transforma completamente após uma série de eventos mágicos e incríveis. Ao se perder em uma floresta, ele encontra refúgio na casa de um anão e, no dia seguinte, testemunha uma feroz batalha entre um touro e um veado.

O veado, após vencer a batalha, leva o alfaiate em uma jornada mágica até uma caverna ocultada em uma rocha, onde o alfaiate é acolhido pela voz misteriosa que o guia a uma sala cheia de objetos encantadores, incluindo dois esquifes de vidro. No primeiro, ele vê uma miniatura de um castelo, e no segundo, uma bela jovem adormecida.

Quando a jovem desperta, revela sua história: ela era filha de um conde e foi aprisionada por um necromante malígno que a amaldiçoou, junto com seu irmão e seus pertences, após ela rejeitar suas propostas.

Com a ajuda do alfaiate, a jovem quebra o encanto ao abrir o esquife de vidro, libertando-se da prisão e desfazendo os feitiços, o que também trás de volta seu irmão que estava transformado em veado. Como recompensa por sua bravura e por libertá-la, a jovem se casa com o alfaiate, que passa a desfrutar de riqueza e felicidade ao lado dela.

Este conto exemplifica temas comuns nos contos de fadas, como a resistência contra o mal, o poder do amor e da bravura, e a transformação de um humilde herói em alguém de grande sorte e status.

„O Esquife de Vidro“ é um conto dos Irmãos Grimm que, como várias obras suas, mistura elementos de fantasia, magia, encontros fortuitos e a recompensa pela virtude e coragem. A história do pobre alfaiate que se depara com eventos sobrenaturais numa floresta remete à ideia de que circunstâncias inesperadas podem mudar o destino de alguém, principalmente quando há coragem e bom coração envolvidos.

O conto começa com a ideia de que o alfaiate, apesar de sua situação humilde, possui esperteza e astúcia. Sua aventura começa quando ele se perde na floresta e precisa enfrentar seus medos, representados pelas feras noturnas, e encontrar abrigo. Encontros com personagens místicos, como o velho anão e o cervo mágico, exemplificam o mundo encantado típico dos contos de fadas.

O clímax ocorre quando o alfaiate enfrenta o desafio de libertar a jovem aprisionada no esquife de vidro. Este evento mágico é o ponto de virada da história, onde o protagonista não só demonstra sua coragem, mas também se torna um libertador. A jovem, que tem suas próprias adversidades devido ao necromante, vê o alfaiate como realização de uma profecia de libertação.

O desfecho do conto reforça a moral de que companheirismo, bondade e coragem são recompensados, visto que o alfaiate não apenas conquista o amor da jovem, mas também encontra sorte e nobreza, transformando sua vida completamente. A história incorpora temas comuns nos contos de fadas, como a justiça poética, a luta do bem contra o mal, e a ideia de que, por vezes, a simplicidade e a braveza podem superar dificuldades aparentemente insuperáveis.

Além disso, há uma critica sutil à arrogância e ao abuso de poder representado pelo necromante, que paga pelos seus atos de prepotência e maldade. „O Esquife de Vidro“ deixa a mensagem de que o verdadeiro poder reside na bondade e na integridade, sendo capaz de transcender até mesmo os feitiços mais poderosos.

O conto de fadas „O Esquife de Vidro“, dos Irmãos Grimm, oferece uma rica tapeçaria de elementos narrativos e simbólicos típicos das histórias de encantamento. Vamos analisar alguns dos aspectos linguísticos e temáticos presentes no conto:

A narrativa está organizada de forma linear, com um arco de história bem definido, que envolve a apresentação do protagonista, um alfaiate astuto, sua jornada através de um mundo mágico, o encontro com personagens sobrenaturais e, finalmente, a resolução dos conflitos com a restauração da justiça e a recompensa. A estrutura segue o esquema clássico da jornada do herói, marcada por desafios, auxílio mágico, e uma conclusão feliz.

O Alfaiate: Retratado como um jovem esperto e determinado, o alfaiate é o herói improvável. Ele é um personagem comum que, por meio de sua coragem e um pouco de sorte, se vê em meio a eventos extraordinários. Sua humildade e determinação o tornam um protagonista simpático.

A Jovem Encantada: Representa a figura clássica da donzela em perigo. Sua beleza, bondade e a opressão que sofre são centrais para a trama, convidando o protagonista a desempenhar o papel de salvador.

O Necromante: Funciona como o antagonista da história, um simbolismo da força do mal que precisa ser superada para que haja reconciliação e felicidade.

Jornada e Provações: O conto explora o conceito da jornada como um meio de crescimento pessoal. A floresta, um espaço comum nas narrativas folclóricas, simboliza tanto o perigo quanto a possibilidade de autodescoberta.

Magia e Encantamento: A história é rica em elementos mágicos, como a transformação de pessoas e propriedades físicas, sublinhando uma realidade onde a lógica é suspensa, prevalecendo o encantamento.

Justiça e Restauração: A história enfatiza a restauração da ordem natural e moral, com a derrota do necromante e a libertação dos encantados. O casamento entre a jovem e o alfaiate serve como um símbolo de renovação e justiça.

Destino e Sorte: Sugere-se que o alfaiate foi predestinado a esta aventura. O conceito de sorte é enfatizado como um elemento que auxilia o protagonista, destacando a crença na fortuna como parte integrante do sucesso.
Descrição Vividamente Detalhada: As descrições são ricas em detalhes, evocando imagens vívidas que ajudam a transportar o leitor para o mundo fantástico da história.
Diálogos Curto e Diretos: Os diálogos avançam a trama de forma eficiente, ligando diretamente à ação ou revelando informações essenciais sobre sentimentos e decisões dos personagens.
Motivos Repetitivos: O uso de repetições (como o uso contínuo de encantos e desfeitos) confere um ritmo quase hipnótico à narrativa, que é comum nas histórias contadas oralmente.

„O Esquife de Vidro“ é uma demonstração clássica do poder do conto de fadas em unir simplicidade narrativa com profundidade simbólica. Através de uma linguagem acessível e uma estrutura universal, a história explora temas perenes de coragem, destino e justiça, assegurando seu lugar no rico tapete da literatura folclórica.


Informação para análise científica

Indicador
Valor
NúmeroKHM 163
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 410
TraduçõesDE, EN, DA, ES, FR, PT, IT, JA, NL, PL, RO, RU, TR, VI, ZH
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson45.9
Flesch-Reading-Ease Índice16.3
Flesch–Kincaid Grade-Level12
Gunning Fog Índice19
Coleman–Liau Índice11.5
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado11.5
Número de Caracteres13.237
Número de Letras10.562
Número de Sentenças103
Número de Palavras2.278
Média de Palavras por frase22,12
Palavras com mais de 6 letras542
percentagem de palavras longas23.8%
Número de Sílabas4.527
Média de Sílabas por palavra1,99
Palavras com três sílabas626
Percentagem de palavras com três sílabas27.5%
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