Childstories.org
  • 1
  • Contos bonitas
    para crianças
  • 2
  • Ordenado por
    tempo de leitura
  • 3
  • Perfeito para
    ler em voz alta
O fuso, a lançadeira e a agulha
Grimm Märchen

O fuso, a lançadeira e a agulha - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 9 min

Houve, uma vez, una moça que perdera os pais ainda criancinha. Sua madrinha, que era muito boa, morava sozinha em pequena casa humilde, na extremidade da aldeia, e lá passava a vida fiando, tecendo e cosendo. A velha trouxe para junto de si a pobre criança abandonada; ensinou-a a trabalhar e educou-a para viver piedosamente no santo temor de Deus. Quando a jovem chegou aos quinze anos, a madrinha caiu doente e, chamando-a junto da cama, disse-lhe:

– Minha querida filha, sinto o meu fim aproximar-se; deixo-te a casinha, que te abrigará do vento e da chuva. Deixo-te, também, o meu fuso, a minha lançadeira e a minha agulha a fim de que possas ganhar honestamente o pão de cada dia. Depois, colocou-lhe a mão sobre a cabeça e abençoou-a, dizendo:

– Conserva sempre Deus no teu coração, e serás feliz. Em seguida, fecharam-se-lhe os olhos; quando a levaram para o cemitério, a afilhada acompanhou o féretro e, debulhada em lágrimas, prestou-lhe as últimas homenagens. Desde esse dia, a moça viveu sozinha na pequena casa, dedicando-se a fiar, a tecer e a coser com grande desvelo; todo o seu trabalho tinha as bênçãos da boa velha. Dir-se-ia que o linho se multiplicava em casa e, à medida que. tecia uma peça de pano ou um tapete, ou então, que fazia uma camisa, logo se apresentava um comprador, que as pagava generosamente; de modo que ela, não só estava livre de preocupações, mas ainda podia ajudar os pobres. Por esse tempo, o filho do rei percorria o país à procura da esposa que lhe. conviesse. Não podia escolher uma pobre e não queria uma rica. – Casar-me-ei com aquela que for, ao mesmo tempo, a mais pobre e a mais rica, – dizia ele. Chegando, casualmente, à aldeia em que habitava a moça, perguntou aos moradores, como fazia habitualmente, quem era a moça mais pobre e a mais rica do lugar. Em primeiro lugar, designaram-lhe a mais rica; quanto à mais pobre, era a jovem que habitava na casinha isolada, no extremo da aldeia. Quando o príncipe passou pela rua principal, a mais rica estava sentada à porta de sua residência, muito bem vestida e adornada; assim que o viu aproximar-se, foi- lhe ao encontro, fazendo uma graciosa reverência. O príncipe olhou para ela, fez uma inclinação de cabeça e, sem dizer palavra, continuou o caminho. Chegou à casa da jovem pobre; esta não estava à porta para ver o príncipe mas sim dentro de sua casinha. O filho do rei fez deter o cavalo e, através da janela cheia de sol, viu a moça sentada diante da roca, fiando ativamente. Ela ergueu os olhos e, ao perceber o príncipe olhando para dentro da casa, enrubesceu vivamente, e baixando os olhos muito confusa, continuou a trabalhar. Não é possível saber-se se o fio dessa vez saiu bem igual, mas ela continuou assim mesmo, até que o príncipe se afastou. Assim que ele se foi, correu a abrir a janela, murmurando: Como faz calor nesta sala!“ e seguiu com o olhar enquanto pôde lobrigar as plumas brancas do seu chapéu. Depois, voltou novamente para o seu lugar e continuou a fiar. Nisto, veio-lhe à memória o estribilho de uma canção que a velha às vezes cantava quando estava trabalhando, e ela pôs-se a cantá-la a meia-vos:

Fuso, meu fuso, anda apressado,
Traze para casa o bem-amado…

E o que sucedeu? Imediatamente o fuso saltou-lhe das mãos e saiu para a rua. Ela ergueu-se estupefata e seguiu-o com a vista; viu que ele corria pelos campos, dançando alegremente, deixando atrás de si um reluzente fio de ouro. A moça não tardou a perdê-lo de vista e, não tendo mais o fuso, ela pegou na lançadeira e se pôs a tecer. O fuso, sempre bailando, continuou a corrida sempre para mais longe e, justamente quando o fio estava a acabar, ele alcançou o príncipe.

– O que vejo?! – exclamou o príncipe admirado. – Certamente este fuso quer-me conduzir a algum lugar! Voltou o cavalo e seguiu o fio de ouro. Entretanto, a moça continuava o trabalho e cantava:

Tece, minha lançadeira, a roupa fininha,
e traze meu bem amado a esta casinha…

Imediatamente a lançadeira fugiu-lhe das mãos e saiu pela porta. Mas, no limiar desta, começou a tecer um tapete tão fino e maravilhoso como nunca se vira igual no mundo. As barras eram bordadas de rosas e lírios e, ao centro, num fundo de ouro, destacavam-se pâmpanos verdes, entre os quais pulavam lebres, coelhos, veados e cabritos monteses entremostrando a cabeça. No alto dos galhos, empoleiravam-se aves multicores, às quais só faltava cantar. A lançadeira continuava a correr de lá para cá e a obra avançava maravilhosamente. Como lhe tinha fugido a lançadeira, a moça pôs-se a coser; tinha a agulha na mão e principiou a cantar:

Agulha, linda agulhinha,
Para o bem amado, arruma a casinha…

Mal o disse, a agulha escapou-lhe dos dedos e saiu a correr pela casa, veloz como um raio. E era como se estivessem a trabalhar inúmeros espíritos invisíveis; a casa ficou logo arrumadinha; a mesa e os bancos cobriram-se de belos panos verdes; as cadeiras cobriram-se de veludo e nas janelas pendiam cortinas de seda. Logo que a agulha deu o último ponto, a moça avistou pela janela as brancas plumas do príncipe, conduzido até ai pelo fio de ouro. Ele entrou na casa, passando sobre o tapete e, ao entrar na sala, viu a jovem vestida com pobres trajes, mas tão fulgurante como uma rosa na roseira.

– Tu és, realmente, a mais pobre e a mais rica! – disse-lhe o príncipe; – vem comigo e serás minha esposa. Sem dizer nada ela estendeu-lhe a mão gentilmente. Ele então, curvou-se e beijou-a. Depois fê-la montar à garupa do cavalo e levou-a para o castelo, onde se celebraram as núpcias com grande brilho e esplendor. O fuso, a lançadeira e a agulha, foram preciosamente conservados no tesouro real e tratados com todas as honras.

Leia outro conto de fadas curto (5 min)

LanguagesLearn languages. Double-Tap on one word.Learn languages in context with Childstories.org and Deepl.com.

Informação para análise científica

Indicador
Valor
NúmeroKHM 188
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 585
TraduçõesDE, EN, ES, FR, PT, HU, IT, JA, NL, PL, RU, TR, VI, ZH
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson38
Flesch-Reading-Ease Índice25.3
Flesch–Kincaid Grade-Level12
Gunning Fog Índice17.2
Coleman–Liau Índice9.4
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado8.3
Número de Caracteres5.671
Número de Letras4.426
Número de Sentenças54
Número de Palavras1.033
Média de Palavras por frase19,13
Palavras com mais de 6 letras195
percentagem de palavras longas18.9%
Número de Sílabas1.980
Média de Sílabas por palavra1,92
Palavras com três sílabas248
Percentagem de palavras com três sílabas24%
Perguntas, comentários ou relatórios de experiência?

Os melhores contos de fadas

Direito autoral © 2024 -   Sobre nós | Proteção de dados |Todos os direitos reservados Apoiado por childstories.org

Keine Internetverbindung


Sie sind nicht mit dem Internet verbunden. Bitte überprüfen Sie Ihre Netzwerkverbindung.


Versuchen Sie Folgendes:


  • 1. Prüfen Sie Ihr Netzwerkkabel, ihren Router oder Ihr Smartphone

  • 2. Aktivieren Sie ihre Mobile Daten -oder WLAN-Verbindung erneut

  • 3. Prüfen Sie das Signal an Ihrem Standort

  • 4. Führen Sie eine Netzwerkdiagnose durch