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O noivo salteador
O noivo salteador Märchen

O noivo salteador - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 10 min

Atenção: Esta é uma história assustadora.

Houve, uma vez, um moleiro que tinha uma filha, muito bonita; quando ela atingiu a idade de casar, o pai decidiu arranjar-lhe um bom casamento, e pensava: „Se aparecer um pretendente em condição e a pedir em casamento, dou-lha.“

Não demorou muito, apareceu um pretendente, que demonstrava ser muito rico, e o moleiro, não achando inconveniente algum, prometeu dar-lhe a filha. A moça, porém, não o amava como deve ser amado um noivo, e não tinha nem um pouco de confiança nele. Cada vez que o via ou que pensava nele, sentia-se dominada por inexplicável repulsa. Um dia, disse o noivo:

– És minha noiva e nunca me visitas! Não sei onde é a vossa casa, – respondeu a moça.

– A minha casa, – disse ele, – fica bem no âmago da floresta. Ela pretextou que não conseguiria encontrar o caminho para ir lá, mas ele insistiu:

Eu já convidei as outras visitas, para que possas te orientar, espalharei cinza no caminho da floresta. No domingo, quando a moça estava pronta para sair, sentiu grande medo, sem saber por que e, para marcar bem o caminho, encheu os bolsos com lentilhas e ervilhas. Logo na entrada da floresta, viu a cinza espalhada; foi seguindo por ela, mas a cada passo ia deixando cair, de cada lado do caminho, um grão de ervilha e de lentilha. Andou quase o dia inteiro, até que, por fim, chegou ao âmago da floresta; aí estava uma casa solitária, que nada lhe agradou, pois lhe parecia tenebrosa e inquietante.

O noivo salteador Contos de fadasImagem: Paul Hey (1867 – 1952)

Entrou; não havia ninguém lá dentro e reinava o mais profundo silêncio. De repente, uma voz gritou:

Foge, foge. bela noivinha,
de salteadores é esta casinha.

A moça ergueu os olhos e viu que a voz partia de um pássaro preso numa gaiola dependurada na parede. Ele gritou novamente:

Foge, foge. bela noivinha,
de salteadores é esta casinha.

A noiva, então foi de um quarto para outro, percorrendo toda a casa, sem encontrar alma viva. Finalmente, chegou à adega. Viu lá sentada uma velha decrépita, cuja cabeça tremia. – Podeis dizer-me se mora aqui meu noivo? – perguntou a moça. – Ah, pobre menina! – respondeu a velha, – onde vieste cair! Num covil de salteadores. Tu te julgas uma noiva em vésperas de casamento, mas tuas núpcias serão com a morte. Vê? Preparei no fogo um grande caldeirão com água; se cais nas mãos deles, serás picada impiedosamente em pedaços, depois cozida e devorada, pois eles são canibais. Se eu não me apiedar de ti, estarás perdida. A velha, então, ocultou-a atrás de um tonel, onde não seria vista. – Fica aí quietinha, como um ratinho, não te mexas e não dês sinal de vida; se não estás perdida! Esta noite, quando os salteadores estiverem dormindo, fugiremos as duas; há tanto tempo que venho aguardando a oportunidade! Mal acabara de falar, chegou o bando de salteadores; vinham arrastando junto uma outra jovem; bêbados como estavam, não se impressionavam com seus gritos e lamentos. Obrigaram-na a beber três copos cheios de vinho, um branco, um vermelho e um amarelo; com isso, partiu-se-lhe o coração. Arrancaram-lhe as belas roupas, deitaram-na sobre a mesa, cortaram em pedaços seu lindo corpo e o salgaram. A pobre noiva, atrás do tonel, tremia como vara verde; via com os próprios olhos o destino que lhe reservavam os bandidos. Um deles, vendo brilhar um anel no dedinho da morta, tentou arrancá-lo; não o conseguindo tão facilmente, pegou no machado e decepou o dedo que, dando um pulo no ar, foi cair atrás do tonel, bem no colo da noiva. O bandido pegou num candeiro e pôs-se a procurá-lo, mas inutilmente. Então um outro disse-lhe:

– Já procuraste atrás do tonel? Mas a velha gritou:

– Venham comer, vós o procurareis amanhã; o dedo não foge, não! – A velha tem razão, – disseram eles. Deixaram de procurar e foram sentar-se à mesa para
comer; então a velha pingou um sonífero dentro do vinho; tendo bebido, todos adormeceram e começaram a roncar fortemente. Ouvindo-os roncar, a noiva saiu do esconderijo e teve que pular por sobre os corpos estendidos no chão, com um medo horrível de acordar algum. Mas, com o auxílio de Deus, conseguiu passar. A velha saiu com ela, abriu a porta e ambas fugiram o mais depressa possível do covil dos assassinos. O vento levara a cinza, mas os grãos de ervilha e de lentilha haviam brotado e, como o luar estava bem claro, elas seguiram o caminho indicado. Andaram a noite toda e só chegaram ao moinho pela manhã. A jovem contou ao pai tudo o que acontecera, sem omitir nada. Quando chegou o dia do casamento, o noivo apresentou-se. O moleiro, porém, convidara todos os parentes e amigos. Na mesa, durante o banquete, cada conviva teve de contar uma história. A noiva, sentada ao lado do noivo, nada dizia. Então, o noivo voltou-se para ela. – E tu, meu coração, nada tens a contar? Narra uma história qualquer! – Bem, contarei um sonho que tive, – disse ela. „Ia andando sozinha por uma floresta e fui parar
numa casa, solitária. Dentro não havia ninguém, apenas um pássaro preso numa gaiola dependurada na parede, o qual, vendo-me, gritou:

Foge, foge, bela noivinha,
de salteadores é esta casinha.

Gritou isso duas vezes. – Meu amor, é apenas um sonho! – Percorri os quartos e todos estavam vazios e fúnebres! Finalmente, fui ter à adega e lá estava uma velha decrépita sentada, a cabeça a lhe tremer; perguntei-lhe:

„Mora aqui o meu noivo?“

„Ah! pobre menina, – respondeu-me ela, – caiste num covil de assassinos! Teu noivo mora aqui, mas tu serás assassinada, cortada em pedaços, cozida e devorada. – Meu amor, é apenas um sonho! – A velha ocultou-me atrás de um tonel; mal me escondera, chegaram os bandidos, arrastando consigo uma moça; deram-lhe a beber três copos de vinho, um branco, um vermelho e um amarelo, e, com isso, partiu-se-lhe o coração. – Meu amor, é apenas um sonho! – Depois arrancaram-lhe as belas roupas, deitaram-na sobre a mesa, cortaram em pedaços seu lindo corpo e o salgaram. – Meu amor, é apenas um sonho! – Um dos bandidos viu um anel no dedinho dela e, achando difícil arrancá-lo, decepou o dedo com o machado; mas o dedo, dando um pulo no ar, foi cair atrás do tonel, justamente no meu colo. Ei-lo aqui. Assim dizendo, tirou do bolso o dedinho e mostrou- o a todos os presentes. O bandido, que durante a narrativa ficara branco como um pano lavado, pulou da cadeira e tentou fugir; mas os convidados agarraram-no e o entregaram à justiça. Ele e todo o bando foram condenados e justiçados, pagando assim seus terríveis crimes.

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Indicador
Valor
NúmeroKHM 40
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 955
TraduçõesDE, EN, DA, ES, FR, PT, IT, JA, NL, PL, RU, TR, VI, ZH
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson35
Flesch-Reading-Ease Índice32.4
Flesch–Kincaid Grade-Level12
Gunning Fog Índice15.5
Coleman–Liau Índice10
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado6.3
Número de Caracteres6.370
Número de Letras4.932
Número de Sentenças80
Número de Palavras1.124
Média de Palavras por frase14,05
Palavras com mais de 6 letras236
percentagem de palavras longas21%
Número de Sílabas2.128
Média de Sílabas por palavra1,89
Palavras com três sílabas279
Percentagem de palavras com três sílabas24.8%
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