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Os três cabelos de ouro do Diabo
Grimm Märchen

Os três cabelos de ouro do Diabo - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 18 min

Houve, uma vez, uma mulher muito pobre, que deu à luz um menino e, como este nascera com a túnica da sorte, predisseram-lhe que, aos catorze anos se casaria com a filha do rei. Eis que, decorrido pouco tempo, o rei foi àquela aldeia sem que soubessem que era ele; quando perguntou à gente do lugar pelas novidades locais, logo lhe responderam:

– Nasceu, nestes dias, um menino com a túnica da sorte. Quem nasce com essa túnica será muito feliz e, faça o que fizer, tudo lhe sairá bem. Predisseram-lhe, ademais, que aos catorze anos se casará com a filha do
Ouvindo isso, o rei, que era de mau coração, ficou indignado, principalmente por causa da profecia. Foi procurar os pais da criança e, demonstrando benevolência que não possuia, disse-lhes:

– Pobre gente, dai-me o vosso menino; eu tomarei conta dele. A princípio, oS pais recusaram-se, mas, como o desconhecido lhes oferecia grande soma de dinheiro, pensaram entre si: „É um filho da sorte, como tal, tudo lhe correrá bem.“ Assim acabaram concordando e deram-lhe o filhinho. O rei colocou-o dentro de uma caixa; montou a cavalo e pôs-se a caminho. Ao chegar a um rio caudaloso, atirou nele a caixa, murmurando:

– Assim livro minha filha desse pretendente indesejado. A caixa, porém, não afundou. Ficou flutuando como um barquinho e nem uma só gota de água penetrou dentro dela. Foi vogando uns dois quilômetros, além da capital do Reino, chegando assim a um moinho em cuja roda ficou presa. Por boa sorte, encontrava-se lá, no momento, o ajudante do moleiro que, vendo-a, a puxou para fora com um gancho, pensando encontrar dentro dela algum tesouro. Mas, quando a abriu, encontrou simplesmente um belo menino, risonho e vivaz. Levou-o para o casal de moleiros, os quais, não tendo filhos, alegraram-se muito, dizendo:

– Este é um presente de Deus! Acolheram o enjeitado, trataram-no com todo o carinho e ele cresceu dotado de grandes virtudes. Ora, aconteceu que um dia, durante forte tempestade, o rei teve de refugiar-se no moinho; vendo o menino perguntou aos moleiros se era filho deles. – Não, – responderam, – é um enjeitado que há catorze anos apareceu dentro de uma caixa, a qual ficou presa à roda do moinho, e nosso ajudante retirou-a da água. O rei, então, concluiu que não podia ser outro senão o filho da sorte, atirado por ele dentro do rio. Dirigindo-se aos moleiros disse:

– Boa gente, não poderia esse menino levar uma carta à Sua Majestade a Rainha? Eu lhe darei como recompensa duas moedas de ouro. – Será feito o que Vossa Majestade ordena, – responderam os moleiros. Disseram ao menino que se aprontasse. O rei, então, escreveu à rainha uma carta com a seguinte ordem: „Assim que o rapaz, portador desta carta, chegar aí, quero que o matem e o enterrem; faça-se tudo antes do meu regresso.“

O rapaz pôs-se a caminho, levando a carta, mas extraviou-se e, à noite, foi dar a uma grande floresta. Em meio a escuridão, avistou uma luzinha; caminhou em sua direção e chegou a uma pequena casa; viu uma senhora idosa sentada, sozinha junto do fogo. Esta, ao ver o rapaz, assustou-se e perguntou:

– De onde vens? E para onde vais? – Venho do moinho, – respondeu ele, – e vou levar uma carta a Sua Majestade a Rainha. Mas, tendo perdido o caminho, desejo pernoitar aqui. – Pobre rapaz, – disse a velha, – vieste cair num covil de bandidos; quando chegarem e te virem, certamente te matarão. – Venha quem quiser, – respondeu o rapaz, – eu não temo ninguém; estou tão cansado que não posso continuar a viagem. Deitou-se sobre um banco e logo adormeceu. Não tardou muito chegaram os bandidos e, zangados, perguntaram quem era aquele desconhecido ali deitado. – Oh, – disse a velha, – é um inocente menino que se perdeu na floresta; recolhi-o por compaixão, pois vai levando uma carta a Sua Majestade a Rainha. Curiosos, os bandidos abriram a carta para ler o que continha; ao ver que era uma ordem para matar e enterrar o rapaz assim que chegasse ao palácio, aqueles corações empedernidos apiedaram-se dele. O chefe da quadrilha, então, rasgou a carta, escrevendo uma outra, na qual dizia que o rapaz, logo após a chegada, devia imediatamente casar-se com a princesa. Deixaram-no dormir, sossegadamente, até pela manhã. Quando acordou, deram-lhe a carta e ensinaram-lhe o caminho certo. Ao receber a carta, a Rainha prontamente executou as ordens. Mandou que se organizasse uma esplêndida festa e a princesa casou com o filho da sorte. Como era um rapaz bonito e afável, sentiu-se alegre e feliz a seu lado. Transcorrido algum tempo, regressou o rei ao castelo e verificou que se realizara a predição: o filho da sorte casara-se com a princesa sua filha. – Como pôde acontecer isto? – perguntou; – na minha carta dei ordens completamente diversas. A Rainha, então, mostrou-lhe a carta recebida para que ele mesmo visse o que dizia. O rei leu-a e percebeu que havia sido trocada. Perguntou ao rapaz o que acontecera e por que trouxera a carta trocada. – Eu nada sei, – respondeu o rapaz, – talvez tenha sido trocada enquanto dormia lá na floresta. – Não te sairás tão facilmente desta, – exclamou o rei, encolerizado. – Quem quiser minha filha, terá de trazer-me do inferno os três cabelos de ouro do Diabo; quando me trouxeres o que exijo, então poderás ficar com minha filha. Com isto, o rei pensava que se livraria, de uma vez por todas, do rapaz. Mas o filho da sorte disse-lhe:

– Está bem, irei ao inferno buscar os cabelos de ouro, pois não tenho medo do Diabo. Despediu-se de todos e iniciou a longa caminhada. A estrada, por onde seguia, conduziu-o a uma grande cidade cercada de muralhas; chegando à porta, a sentinela perguntou-lhe qual era seu ofício e o que sabia. – Sei tudo, – respondeu o filho da sorte. – Dize-nos, então, por favor, por quê é que secou o chafariz da praça do mercado, do qual normalmente jorrava vinho e agora nem mais água jorra? – perguntou a sentinela. – Sabereis quando eu voltar, – respondeu o rapaz. Continuou andando e chegou à porta de outra grande cidade; aí, também, a sentinela perguntou-lhe qual era o seu ofício e o que sabia. – Sei tudo, – respondeu ele. – Dize-nos, então, por favor, por quê é que certa árvore de nossa cidade, que sempre produziu maçãs de ouro, agora nem folhas dá mais? – Sabereis quando eu voltar, – respondeu. Prosseguiu o caminho. Foi andando até à margem de um rio muito largo, que devia atravessar. O barqueiro perguntou-lhe qual era o seu ofício e o que sabia. – Sei tudo, – respondeu outra vez. – Então dize-me, por favor, – perguntou o barqueiro, – por quê é que devo sempre ir e vir sem nunca ficar livre? – Saberás quando eu voltar. Depois de atravessar o rio, encontrou o ingresso do inferno. Tudo lá dentro era negro e cheio de fuligem. O Diabo não estava em casa, estava apenas sua avó, sentada numa grande poltrona. – Que desejas? – perguntou-lhe. – E não tinha aparência de má. – Desejo os três cabelos de ouro do Diabo, – respondeu ele; – se não os conseguir, não poderei conservar minha mulher. – Pedes demasiado! – disse ela. – Se ao chegar, o Diabo te encontrar aqui, ele te esfolara vivo. Mas como tenho pena de ti, verei se posso ajudar-te. Transformou-o numa formiga e disse-lhe:

– Agora esconde-te nas dobras da minha saia, ai estarás seguro. – Muito bem, – exclamou o rapaz, – mas há também três coisas que gostaria de saber: primeiro, porque é que secou um chafariz do qual costumava jorrar vinho e agora nem mesmo água jorra; segundo, porque é que uma macieira, que sempre dava maçãs de ouro, agora nem folhas mais dá; terceiro, porque é que um barqueiro deve sempre ir e vir sem nunca se livrar. – Essas são perguntas muito difíceis – respondeu a velha; – mas fica quietinho e calado e presta bem atenção ao que diz o Diabo quando eu lhe arrancar os cabelos de ouro. Quando anoiteceu, o Diabo voltou para casa. Mal entrou na porta, percebeu no ar algo que não era puro. – Sinto cheiro, sinto cheiro de carne humana, – resmungou, – há algo estranho aqui! Revistou todos os cantos mas não conseguiu encontrar nada. A avó então repreendeu-o:

– Agora mesmo acabei de varrer e arrumar a casa; e tu, mal chegas, já te pões a fazer desordens; andas sempre com cheiro de carne humana nas narinas! Vamos, senta-te e come o teu jantar! Quando terminou de comer e beber, o Diabo sentiu cansaço; reclinou a cabeça no regaço da avó, pedindo-lhe que lhe fizesse cafuné. Não demorou muito e ferrou no sono, bufando e roncando tranquilamente. Então a velha pegou um cabelo de ouro, arrancou-o e guardou-o de lado. – Ai! – gritou o diabo, – que é que estás fazendo? – Ah, tive um pesadelo, – respondeu a avó, – e sem querer agarrei e puxei teus cabelos. – O que sonhaste? – perguntou o Diabo. – Sonhei que um chafariz, do qual sempre jorrava vinho, secou, e nem mais água jorra. Por quê será? – Ah, se o soubessem! – disse o Diabo. Há no chafariz um sapo, debaixo de uma pedra, se o matarem voltará a jorrar vinho. A avó recomeçou a fazer-lhe cafuné; ele adormeceu de novo, roncando de fazer estremecer os vidros. Ela então, arrancou-lhe o segundo cabelo. – Ui! – gritou zangado, – mas, que estás fazendo? – Não te zangues, – respondeu ela, – fiz isto em
– E que sonhastes mais? – perguntou o Diabo. – Sonhei que havia, num reino, uma árvore, a qual primeiro dava maçãs de ouro e agora nem folhas dá mais. Por quê será? – Oh, se o soubessem! – respondeu o Diabo. – Há um rato que lhe está roendo a raiz; se o matarem, voltará a produzir maçãs de ouro, mas se o rato continuar roendo-lhe a raiz, ela secará para sempre. Agora deixa-me em paz com teus sonhos; se me interromperes o sono outra vez, levarás uma bofetada. A avó acalmou-o e voltou a fazer-lhe cafuné, até que ele adormeceu e começou a roncar. Então, agarrou o terceiro cabelo de ouro e arrancou-o. O diabo levantou-se de um pulo, gritando que havia de lhe pagar, mas ela conseguiu acalmá-lo novamente e disse:

– Que culpa tenho de ter maus sonhos? – Que é que sonhaste ainda? – perguntou, com certa curiosidade o Diabo. – Sonhei que um barqueiro queixava-se de ter sempre de ir e vir, sem nunca se livrar. Por quê será? – Ah, o tolo! – respondeu o Diabo; – quando alguém quiser atravessar o rio, ele que lhe meta nas mãos o varejão, assim o outro ficará sendo o barqueiro e ele estará livre. Tendo arrancado os três cabelos de ouro e obtido resposta para as três perguntas, a avó deixou o velho Satanás dormir sossegado até à manhã do dia seguinte. Assim que ele saiu de casa, a velha tirou a formiga das dobras de sua saia, restituindo-lhe o aspecto humano. Aqui tens os três cabelos de ouro, – disse, – e certamente ouviste as respostas do Diabo às tuas três perguntas. – Ouvi, sim – disse o rapaz, – e as gravei na memoria. – Bem, agora não precisas mais nada, – disse a velha; – podes, portanto, seguir teu caminho. O rapaz agradeceu contentíssimo à velha por tê-lo tirado das dificuldades e deixou o inferno, muito feliz por ter-se saído tão bem. Quando chegou à margem do rio e encontrou o barqueiro, que aguardava a resposta prometida, disse-lhe:

– Leva-me primeiro para o outro lado; depois eu te direi o que deves fazer para livrar-te. Tendo atingido a-outra margem, deu-lhe o conselho do Diabo:

– Quando vier alguém e quiser atravessar o rio, dá-lhe o teu varejão e safa-te. Continuou andando, andando, até chegar à cidade onde estava a macieira estéril; ali também a sentinela aguardava a resposta; disse-lhe então o que ouvira do Diabo:

– Matai o rato que está roendo as raízes da árvore e ela tornará a produzir maçãs de ouro. A sentinela agradeceu e presenteou-o com dois jumentos carregados de ouro. Por fim, chegou à cidade do chafariz seco. Repetiu à sentinela o que ouvira do Diabo:

– Há um sapo debaixo de uma pedra, no fundo de chafariz; é preciso encontrá-lo e matá-lo para que torne a jorrar vinho em abundância do chafariz. A sentinela agradeceu e deu-lhe outros dois jumentos carregados de ouro. Finalmente, o filho da sorte chegou à casa de sua mulher, que ficou radiante por tornar a vê-lo e ouvir contar como tudo lhe correra bem. Depois, foi entregar ao Rei o que este exigira: os três cabelos de ouro do Diabo. Vendo, porém, os quatro jumentos carregados de ouro, o Rei alegrou-se muito e disse:

– Agora estão satisfeitas todas as condições, portanto, podes ficar com minha filha. Mas, dize-me, querido genro) de onde provém todo esse ouro? Esse imenso tesouro? – Atravessei um rio, – respondeu o rapaz, – e encontrei-o na areia na margem. – Poderei, também, ir buscar um pouco para mim? – perguntou o rei cobiçoso. – Quanto quiserdes, – respondeu-lhe ele. – No rio há um barqueiro; pedi-lhe que vos transporte para a outra margem e aí podereis encher quantos sacos desejardes. Cheio de cobiça, o Rei pôs-se, imediatamente, a caminho; quando chegou ao rio, pediu ao barqueiro que o transportasse para a outra margem. O barqueiro encostou o barco no ancoradouro e mandou que se sentasse. Ao chegar à margem oposta, o barqueiro entregou-lhe o varejão, pulou fora do barco e desapareceu. E, com isso, o rei teve de ser o barqueiro, em punição de seus pecados. – E ainda continua lá, indo e vindo feito um barqueiro? – Como não? Quem mais conhecia a história para o livrar do castigo?

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Antecedentes

Interpretações

Língua

A história „Os Três Cabelos de Ouro do Diabo“, dos irmãos Grimm, é um conto de fadas clássico que exemplifica temas comuns como a sorte, a astúcia e a inversão de situações por ações inesperadas. O enredo gira em torno de um menino nascido com uma „túnica da sorte“, a quem foi predito que se casaria com a filha do rei aos catorze anos. A narrativa se desenvolve com o rei tentando se livrar do menino devido à profecia, mas as circunstâncias e a sorte do menino sempre o favorecem.

O conto destaca as tentativas do rei de eliminar o menino, que incluem jogá-lo em um rio e enviar cartas de execução que acabam sendo alteradas por bandidos com compaixão. O menino eventualmente deve buscar três cabelos de ouro do Diabo como prova de seu valor, resultando em aventuras envolvendo astúcia e aprendizados enquanto procura as respostas para três mistérios de cidades que encontra em seu caminho.

No final, o menino volta triunfante e revela segredos que o tornam rico, enquanto o rei ganancioso termina como barqueiro por um capricho do destino, deixado para cumprir seu castigo sem ninguém saber como resgatá-lo.

Essa história é rica em simbologia, representando a ideia de que o destino pode ser moldado pelo caráter intrínseco de uma pessoa, e que a justiça, de alguma forma, será realizada. Além de ser uma narrativa sobre sorte, também é sobre a importância do caráter, e como a bondade e a inteligência podem triunfar sobre a avareza e a malícia.

„O conto „Os três cabelos de ouro do Diabo“, dos Irmãos Grimm, oferece uma rica tapeçaria de temas e interpretações que podem ser explorados de diferentes maneiras.

A Fortuna e a Predestinação: Desde o nascimento, o protagonista é considerado uma ‚criança da sorte‘, o que sugere um destino predestinado. Essa ideia de que certas pessoas são destinadas à sorte ou ao sucesso pode ser vista como uma reflexão sobre o papel do destino versus a livre vontade. A resiliência e coragem do protagonista, no entanto, mostram que mesmo aqueles destinados ao sucesso precisam enfrentar desafios para alcançá-lo.

A Moralidade e a Justiça: O conto apresenta uma forte noção de justiça poética. O rei, que tenta contrariar seu destino por meio de atos malévolos, acaba punido, enquanto o protagonista, um símbolo da inocência e pureza, prospera. Esta dicotomia entre o bem e o mal, e a eventual vitória da justiça, é um tema recorrente nos contos de fadas.

O Papel dos Aliados: O protagonista recebe ajuda de várias figuras ao longo do caminho, como a avó do Diabo e os bandidos bondosos. Esses atos de bondade contrastam com a vilania do rei e destacam a importância da solidariedade e da compaixão. Além disso, essas figuras servem como guias e mentores que auxiliam o herói em sua jornada, um elemento comum nas narrativas de herói.

Os Desafios e Provas: A narrativa é estruturada como uma série de desafios que o protagonista deve superar. Cada obstáculo não só testa a coragem e inteligência do herói, mas também revela informações importantes que beneficiam a comunidade. Por exemplo, o conhecimento obtido no inferno resolve os problemas nas duas cidades e liberta o barqueiro.

Transformação e Identidade: A transformação do protagonista em formiga simboliza o tema de adaptação e mudança. Apesar de ser uma criatura diminuta, ele mantém sua identidade e propósito, exemplificando a ideia de que a verdadeira força não está no tamanho ou aparência, mas na coragem e determinação internas.

Ganância e Penalidade: A cobiça do rei é sua queda, e sua punição como barqueiro é uma representação simbólica das consequências do egoísmo desenfreado. A história ensina que a busca insaciável por riqueza pode levar à perdição, enfatizando um código moral onde o caráter tem mais valor do que o ouro.

No geral, „Os três cabelos de ouro do Diabo“ é uma rica narrativa sobre sorte, destino, moralidade e a luta entre o bem e o mal. Ele nos convida a refletir sobre nossas próprias vidas, escolhas e o impacto de nossas ações no mundo ao nosso redor. “

A análise linguística desse conto de fadas dos Irmãos Grimm, „Os Três Cabelos de Ouro do Diabo“, revela um texto rico em elementos típicos das narrativas populares e tradicionais.

Vamos explorar alguns aspectos importantes:

O conto segue uma estrutura arquetípica de jornada, onde o protagonista, o „filho da sorte“, enfrenta diversas provas e desafios antes de alcançar seu objetivo final. A estrutura é linear, começando com o nascimento do menino sob um sinal de sorte, seguindo com os desafios impostos pelo rei, e culminando em sua vitória e casamento com a princesa.

Os personagens são claramente delineados e possuem características bem definidas:

O Filho da Sorte: Representa o herói arquetípico, inocente e protegido pela sorte. Sua capacidade de superar desafios com astúcia e coragem é central para a narrativa.

O Rei: Antagonista da história, representando a tirania e a maldade. Ele tenta desafiar o destino, mas acaba punido por sua ganância.

A Avó do Diabo: Um personagem benevolente, que auxilia o herói. Sua presença reflete o arquétipo do “ajudante mágico”.

O Diabo: O guardião do segredo que o herói deve superar. Embora seja uma figura assustadora, é enganado com astúcia.

A linguagem do conto é simples e direta, o que é característico de narrativas folclóricas, facilitando a memorização e transmissão oral. As frases são curtas e o vocabulário é acessível, o que contribui para a clareza e ritmo da história.

Destino e Sorte: A túnica da sorte simboliza o destino favorável que guia o protagonista, apesar dos obstáculos.

Superação de Desafios: O conto enfatiza a capacidade do protagonista para superar desafios aparentemente insuperáveis, um tema comum em contos de fadas.

Justiça Divina: A história sugere uma visão moral em que os justos são recompensados, enquanto os malvados são punidos.

O conto apresenta uma moral em que o bem triunfa sobre o mal, e o destino é inescapável. A punição do rei em se tornar o barqueiro é um lembrete de que a cobiça e a tentativa de alterar o destino trazem consequências negativas.

Esse conto dos Irmãos Grimm pode ser visto como um reflexo dos valores e crenças da época em que foi compilado, enfatizando temas de justiça, moralidade e a inevitabilidade do destino. Pela repetição de motivos e situações, ele também se conecta a outras narrativas folclóricas, mostrando a intertextualidade presente no gênero.

Em resumo, „Os Três Cabelos de Ouro do Diabo“ é um conto que encapsula muitos elementos clássicos dos contos populares, com uma narrativa envolvente e cheia de significado simbólico que resiste ao tempo e continua a fascinar leitores de todas as idades.


Informação para análise científica

Indicador
Valor
NúmeroKHM 29
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 461
TraduçõesDE, EN, EL, DA, ES, FR, PT, HU, IT, JA, NL, PL, RU, TR, VI, ZH
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson33.6
Flesch-Reading-Ease Índice34.5
Flesch–Kincaid Grade-Level11.9
Gunning Fog Índice14.7
Coleman–Liau Índice9.9
SMOG Índice12
Índice de legibilidade automatizado6
Número de Caracteres13.136
Número de Letras10.102
Número de Sentenças168
Número de Palavras2.314
Média de Palavras por frase13,77
Palavras com mais de 6 letras459
percentagem de palavras longas19.8%
Número de Sílabas4.330
Média de Sílabas por palavra1,87
Palavras com três sílabas559
Percentagem de palavras com três sílabas24.2%
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