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A noiva do coelhinho
Grimm Märchen

A noiva do coelhinho - Contos de fadas dos Irmãos Grimm

Tempo de leitura para crianças: 5 min

Houve, uma vez, uma mulher que tinha uma filha e uma bela horta cheia de repolhos verdes e viçosos. Chegando o inverno, todos os dias vinha um coelhinho e comia os repolhos. Então a mulher disse à filha;
– Minha filha, vai à horta e enxota o coelhinho. A moça foi e disse:

– Chiu, chiu, coelhinho, não comas todos os repolhos. O coelhinho respondeu:

– Vem, linda mocinha,
senta-te na minha cauda
e vem comigo para a minha toquinha!

A moça não aceitou o convite. No dia seguinte, o coelhinho voltou a comer os repolhos e a mãe disse:

– Minha filha, vai à horta e enxota o coelhinho. A moça foi e disse:

– Chiu, chiu, coelhinho, não comas todos os repolhos. O coelhinho disse:

– Vem, linda mocinha,
senta-te na minha cauda
e vem comigo para a minha toquinha!

A moça não quis ir. No terceiro dia, o coelhinho voltou como sempre a comer os repolhos; e a mãe tornou a dizer:

– Minha filha, vai à horta e enxota o coelhinho. A moça foi e disse:

– Chiu, chiu, coelhinho, não comas todos os repolhos. O coelhinho disse:

– Vem, linda mocinha,
senta-te na minha cauda
e vem comigo para a minha toquinha!

A moça, então, sentou-se na cauda do coelhinho e ele levou-a para longe, longe, na sua toquinha. Quando chegaram, ele disse:

– Agora prepara um bom jantar com couve e milho verde, enquanto isso irei convidar os amigos para o nosso casamento. Não tardou muito, chegaram os convidados todos juntos. E quem eram os convidados? – A ti posso contar, assim como me foi contado; eram todos coelhos. O padre para fazer o casamento era o corvo, e a raposa servia de sacristão; o altar estava debaixo do arco-íris. A moça, porém, estava triste, porque se encontrava muito só! O coelhinho chegou-se a ela e disse:

– Coragem! Abre todas as portas! Nossos convidados estão todos alegres. A noiva não disse nada e continuou a chorar. O coelhinho saiu um momento e depois voltou dizendo:

– Vamos, vamos, abre as portas, que nossos convidados estão com fome. A noiva não disse nada e continuou chorando. O coelhinho saiu outra vez, depois voltou e disse:

– Vamos, vamos, abre as portas! Os convidados estão aí esperando. A noiva não disse nada; o coelhinho saiu novamente; mas ela fez uma boneca de palha, vestiu-lhe as suas roupas, pôs-lhe na mão uma colher de pau, levou-a para junto da panela de milho e correu para a casa de sua mãe. O coelhinho tornou a voltar, dizendo:

– Vamos, abre, abre! E deu um tabefe na boneca de palha, que perdeu a touca. Só então o coelhinho percebeu que a noiva tinha fugido; muito triste e desconsolado, foi-se embora e nunca mais voltou.

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Antecedentes

Interpretações

Língua

„A Noiva do Coelhinho“ é um conto dos Irmãos Grimm que apresenta elementos clássicos dos contos de fadas, como animais falantes e uma jovem protagonista enfrentando desafios. A narrativa gira em torno de uma jovem cuja mãe possui uma horta de repolhos. Com a chegada do inverno, um coelho começa a comer os repolhos, e a jovem é encarregada de enxotar o coelho. No entanto, o coelho convida a jovem para acompanhá-lo em sua toca, mas ela recusa por dois dias consecutivos.

No terceiro dia, a moça aceita o convite do coelhinho e o acompanha até a toca dele. Lá, ela é instruída a preparar um jantar enquanto o coelho sai para convidar amigos para o casamento deles.

A noiva, sentindo-se solitária e triste, arquitetou uma fuga: construiu uma boneca de palha vestida com suas roupas para enganar o coelho, e então fugiu de volta para a casa de sua mãe.

Quando o coelho retorna e percebe o engano—golpeando a boneca que não responde—ele se dá conta da fuga da noiva. Desolado, o coelho parte, e nunca mais retorna. A história explora temas como independência, engenhosidade e o desejo humano de liberdade e pertencimento.

Essa história dos Irmãos Grimm, „A Noiva do Coelhinho“, é um conto de fadas que carrega diversas camadas de interpretação, refletindo temas clássicos do gênero, como a astúcia, o engano e a liberdade.

A história começa com uma trama aparentemente simples: o coelhinho, com um convite gentil, tenta levar a moça para sua toca. Isso pode servir como um lembrete para não confiar cegamente em aparências e gentilezas. O convite, embora inofensivo à primeira vista, leva a protagonista a uma situação de desconforto e tristeza.

Liberdade e Livre Arbítrio: A moça inicialmente recusa o convite do coelhinho várias vezes. Quando finalmente decide segui-lo, acaba se sentindo presa e solitária. Sua eventual fuga demonstra um exercício de livre arbítrio e um desejo de retornar à sua própria vida, enfatizando a importância da liberdade pessoal.

Engano e Esperteza: O uso da boneca de palha para enganar o coelhinho é um exemplo de esperteza e criatividade. A moça utiliza seus recursos limitados para criar uma estratégia de fuga, mostrando que a inteligência pode ser uma ferramenta poderosa para escapar de situações indesejadas.

A Questão da Autonomia Feminina: Sob uma perspectiva feminista, pode-se ver o conto como uma metáfora para a autonomia feminina e a resistência à força coercitiva que busca definir o destino da protagonista sem seu consentimento pleno.

Tradições e Elementos Folclóricos: A presença de animais como personagens principais é comum em contos de fadas, servindo como arquétipos que simbolizam comportamentos humanos. O corvo como padre e a raposa como sacristão oferecem um toque absurdo e surreal, característica típica das histórias folclóricas.

Essas interpretações podem variar conforme o contexto cultural e social, mostrando como contos de fadas podem oferecer significados múltiplos e adaptar-se a diferentes épocas e públicos. A moral da história, em suma, destaca a importância da desconfiança perante ofertas aliciantes e a força do indivíduo em defender sua liberdade e integridade.

„A Noiva do Coelhinho“, um conto dos Irmãos Grimm, oferece um rico campo para análise linguística e literária, abordando temas comuns em contos de fadas, como a figura do animal antropomorfizado, o simbolismo do casamento e elementos recorrentes como a repetição e a fuga.

O conto apresenta uma estrutura repetitiva tradicional, comum nos contos de fadas, que facilita a memorização e a oralidade. A repetição de eventos (a ida da moça à horta e o convite do coelhinho) e diálogos, especialmente o pedido do coelho para que a moça se sente em sua cauda, cria um ritmo narrativo que envolve o leitor e constrói expectativa.

O coelho, um animal naturalmente associado à fertilidade e à natureza cíclica, é antropomorfizado, assumindo características humanas, como a fala e o desejo de casamento. Ele representa um elemento de ameaça e ao mesmo tempo a promessa de uma vida diferente, simbolizando o desconhecido e o potencial de mudança.

A moça, por sua vez, simboliza a inocência e a ingenuidade, características frequentemente atribuídas a protagonistas femininas em contos de fadas, que acabam inseridas em situações que testam sua criatividade e esperteza.

O conto lida com temas de autonomia e liberdade. A partir do momento em que a moça decide fugir, ela demonstra agência própria, desobedecendo a expectativa de submissão ao destino de casar com o coelhinho. A fuga e o truque com a boneca de palha revelam sua inteligência e habilidade em resolver seus próprios conflitos.

O cenário e os personagens são elementos clássicos do gênero – uma mãe preocupada, uma filha obediente, um animal falante, e convidados de casamento que são outros animais. Este uso de elementos fantásticos proporciona um distanciamento da realidade, permitindo ao leitor explorar temas mais profundos sem as restrições do realismo.

O final do conto, com o coelhinho percebendo a fuga da noiva e indo embora desconsolado, contrasta a alegria do casamento esperado com a solidão e a melancolia. A decisão da moça de retornar à casa materna reforça a segurança do lar e a importância da escolha pessoal. O desfecho ensina sobre a importância de seguir os próprios desejos e o retorno às raízes quando confrontados com o desconhecido.

Este conto, embora simples em narrativa, oferece uma rica tapeçaria de temas e simbolismos a ser explorada, refletindo tanto os valores culturais presentes na época de sua origem quanto temas universais que continuam a ressoar com os leitores contemporâneos.


Informação para análise científica

Indicador
Valor
NúmeroKHM 66
Aarne-Thompson-Uther ÍndiceATU Typ 311
TraduçõesDE, EN, DA, ES, FR, PT, IT, JA, NL, PL, RU, TR, ZH
Índice de legibilidade de acordo com Björnsson26.2
Flesch-Reading-Ease Índice41.5
Flesch–Kincaid Grade-Level10.2
Gunning Fog Índice12.3
Coleman–Liau Índice9.1
SMOG Índice11.7
Índice de legibilidade automatizado4
Número de Caracteres2.564
Número de Letras1.958
Número de Sentenças42
Número de Palavras462
Média de Palavras por frase11,00
Palavras com mais de 6 letras70
percentagem de palavras longas15.2%
Número de Sílabas842
Média de Sílabas por palavra1,82
Palavras com três sílabas91
Percentagem de palavras com três sílabas19.7%
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